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d de Cohen
O d de Cohen é uma medida de magnitude de efeito, permitindo quantificar quão grande é o efeito de algo. O d de Cohen é apropriado para a comparação entre dois grupos, como por exemplo quão diferente é o desempenho num teste final de um grupo que usou a estratégia de estudo A (grupo A) do de um grupo que usou a estratégia de estudo B (grupo B). Esta medida de magnitude de efeito quantifica a diferenças entre as médias de dois grupos e permite que diferentes estudos sejam comparados ou combinados numa meta-análise.
Desvio padrão
Desvio padrão de uma população ou de uma amostra é uma medida de dispersão de valores em torno do seu valor esperado, ou média. Pretende representar o desvio médio na escala das observações.
Assim, se a média de alturas de estudantes de uma turma for 155cm e o desvio padrão for 10, regista-se uma dispersão maior do que se o desvio padrão for 5.
Se a distribuição for normal (gaussiana), aproximadamente 95% das observações estarão situadas entre dois desvios padrão à esquerda e dois desvios padrão à direita da média.
Regressando ao exemplo acima, com desvio padrão 5, 95% dos alunos teriam altura situada entre 145cm e 165cm.
Para mais informação consultar definição aqui.
Determinantes do Sucesso Escolar
Compreender as razões que determinam o sucesso escolar e a capacidade cognitiva dos alunos tem sido uma das principais questões multidisciplinares no âmbito do sistema educativo, estudada desde a pedagogia às ciências da educação, passando pela economia. Esta última, para a compreensão do processo educativo, recorre ao mesmo conceito utilizado para explicar o processo produtivo de uma empresa: a função de produção, que considera que um determinado output (o produto final) é obtido através da combinação de inputs (fatores produtivos, como o capital, o trabalho ou a terra).
No caso específico da função de «produção de educação», o output são os resultados académicos do aluno e que resultam do facto de este ter ao ser dispor uma série de inputs, tais como as condições socioeconómicas da sua família ou os recursos que a escola lhe disponibiliza.
A forma como uma determinada quantidade de recursos (inputs) é capaz de gerar o máximo de resultados escolares possível (o output) determina a produtividade desta mesma função de produção de educação. Por definição, o processo educativo é um processo cumulativo, e, como tal, os resultados escolares num determinado momento dependem das circunstâncias a o aluno foi exposto ao longo de todo o seu percurso escolar, e não apenas no momento em que o observamos.
Por exemplo, o resultado final de um aluno a frequentar o 12º ano depende não só dos fatores que o influenciaram nesse próprio ano (professores, colegas e escola), mas também de tudo o que o influenciou até então (por exemplo, os professores, colegas e escolas que frequentou entre o 1º e o 3.º ciclo).
Aqui reside a principal dificuldade na obtenção desta mesma função de produção de educação, uma vez que é muito difícil conter um tão vasto conjunto de inputs, tais como o ambiente familiar e escolar a que os alunos foram expostos no passado. Contudo, é estimando esta função que se tenta compreender o peso que famílias e escola têm, de forma distinta, na formação dos resultados dos alunos.
Dislexia
Dificuldade persistente no desenvolvimento de competências de leitura de palavras, tendo em conta a idade e a experiência dos sujeitos.