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Actigrafia

Actigrafia

Exame que permite monitorizar o movimento através de um acelerómetro e identificar a atividade de vigília e de repouso, permitindo estimar o sono-vigília.

Análise de regressão

A análise de regressão é uma ferramenta estatística usada para modelar a relação entre uma variável dependente e uma ou mais variáveis independentes. Especificamente, a análise de regressão descreve como o valor típico da variável dependente muda quando qualquer uma das variáveis independentes aumenta ou diminui, mantendo as outras variáveis independentes constantes. Permite conhecer, por exemplo, o contributo único das variáveis independentes consciência fonológica e rapidez de nomeação para a leitura de palavras, que é a variável dependente.

Soto T. (2013) Regression Analysis. In: Volkmar F.R. (eds) Encyclopedia of Autism Spectrum Disorders. Springer, New York, NY 

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Análise de trajetórias

A análise de trajetórias ou path analysis é uma técnica estatística que permite investigar padrões de efeito dentro de um sistema de variáveis. Examina o impacto de um conjunto de variáveis preditoras em múltiplas variáveis dependentes. A análise de trajetória é semelhante à regressão múltipla, pois o efeito de múltiplos preditores numa variável dependente também pode ser avaliado. No entanto, difere da regressão múltipla, pois duas ou mais variáveis dependentes podem ser examinadas ao mesmo tempo. Permitem conhecer, por exemplo, o contributo único de variáveis independentes como a consciência fonológica e a rapidez de nomeação para a leitura de palavras e compreensão em leitura (variáveis dependentes). Neste caso, podemos ainda obter o contributo indireto, por exemplo da consciência fonológica para a compreensão em leitura, mediado pela leitura de palavras.
 
Allen, M. (Ed.). (2017). The SAGE encyclopedia of communication research methods. SAGE Publications.  

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Auto-eficácia

É a crença sobre a capacidade de concluir uma tarefa ou resolver um problema futuro. Se a perceção de auto-eficácia numa área for muito menor do que a capacidade, o indivíduo muito dificilmente se desafiará. Se, pelo contrário, for muito maior do que a capacidade, o indivíduo definirá metas muito altas que possivelmente falharão. A auto-eficácia ideal está um pouco acima da capacidade do indivíduo, alta o suficiente para ser desafiadora e ao mesmo tempo realista.

Autoeficácia para a aprendizagem autorregulada (AAA)

Foi definida como a confiança dos alunos em aplicar uma variedade de estratégias autorreguladas necessárias para alcançar o sucesso académico (Zimmerman & Bandura, 1994; Zimmerman & Martinez-Pons, 1990). Através do desenvolvimento de crenças de autoeficácia, os alunos podem identificar com confiança as tarefas académicas necessárias, estabelecer parâmetros de referência para a conclusão de tarefas importantes e ser responsáveis ​​por seu próprio progresso na consecução dos seus objetivos escolares (Schunk, 1982; 1983; 1984). A crença de uma criança na sua própria eficácia académica mostrou ser um fator que contribui para a sua motivação e resultados, mais do que as suas capacidades académicas. As crianças que têm esta característica estabelecem objetivos mais elevados para elas próprias, aplicam-se mais nas tarefas escolares, mesmo perante dificuldades, e têm melhor controlo dos seus horários de trabalho (Bandura, 1993; Bouffard-Bouchard, Parent, & Larivee, 1991; Collins, 1982; Schunk, 1984).

Autorregulação

É a capacidade para direcionar o comportamento e controlar os impulsos, a fim de cumprir certos padrões ou atingir objetivos. Envolve essencialmente a capacidade de estabelecer metas e monitorizar o comportamento para garantir que sejam alcançadas.

Capacidade

Poder ou faculdade mental considerada como fazendo parte do equipamento biológico do ser humano, ainda que se desenvolva com a experiência e possa ser treinada (por exemplo, a atenção, a memória e o raciocínio).

Fonte: Morais, J., Araújo, L., Leite, I., Carvalho, C., Fernandes, S., & Querido, L. (2012). Criar leitores. Porto: Livpsic.

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Circuito neuronal

Conjuntos de neurónios que transportam informações de um ponto do corpo, ou do sistema nervoso, para outro.

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Conhecimento ortográfico

O conhecimento ortográfico específico da palavra, também denominado de conhecimento ortográfico lexical, diz respeito à capacidade de aceder diretamente a representações específicas na memória.

O conhecimento ortográfico geral, ou conhecimento ortográfico sublexical, refere-se ao conhecimento de regularidades ortográficas dentro de um sistema ortográfico, incluindo frequências de letras numa posição, redundâncias de padrões de letras (por exemplo, duplas consoantes), dependências sequenciais (padrões de letras admissíveis, ou seja, que letra pode ou não seguir-se a outra),e regras posicionais e contextuais na utilização de letras (por exemplo, em que posição podem ser utilizadas as letras).

No contexto da aquisição da literacia, o conhecimento ortográfico tem sido reconhecido como um fator crucial para promover o sucesso da leitura.

 

Fonte: Querido, L., Fernandes, S., Verhaeghe, A., & Marques, C. (2020). Lexical and sublexical orthographic knowledge: relationships in an orthography of intermediate depth. Reading and Writing, 33, 2459-247. https://doi.org/10.1007/s11145-020-10052-2

Consciência fonémica

Conhecimento consciente, reflexivo, explícito, das mais pequenas unidades fonológicas da fala, os fonemas. O mesmo que consciência dos fonemas. 

Consciência fonológica

Conhecimento consciente, reflexivo, explícito, das unidades e das propriedades fonológicas da língua, passível de ser utilizado intencionalmente.

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Córtex cingulado anterior

Estrutura do cérebro anterior, disposta em redor do corpo caloso, que tem importância em muitas atividades, como funções executivas (alocação da atenção, deteção de erro e novidade, modulação da memória funcional, entre outras) e processos de controlo inibitório (domínio do stress, agressividade, empatia, raiva, medo e tristeza), perceção de dor física e psicológica e regulação de funções autonómicas (pressão sanguínea, ritmo cardíaco, respiração).

Córtex frontal

É a camada externa do cérebro (córtex cerebral) situada na zona frontal.

d de Cohen

O d de Cohen é uma medida de magnitude de efeito, permitindo quantificar quão grande é o efeito de algo. O d de Cohen é apropriado para a comparação entre dois grupos, como por exemplo quão diferente é o desempenho num teste final de um grupo que usou a estratégia de estudo A (grupo A) do de um grupo que usou a estratégia de estudo B (grupo B). Esta medida de magnitude de efeito quantifica a diferenças entre as médias de dois grupos e permite que diferentes estudos sejam comparados ou combinados numa meta-análise.
 

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Desvio padrão

Desvio padrão de uma população ou de uma amostra é uma medida de dispersão de valores em torno do seu valor esperado, ou média. Pretende representar o desvio médio na escala das observações.

Assim, se a média de alturas de estudantes de uma turma for 155cm e o desvio padrão for 10, regista-se uma dispersão maior do que se o desvio padrão for 5.

Se a distribuição for normal (gaussiana), aproximadamente 95% das observações estarão situadas entre dois desvios padrão à esquerda e dois desvios padrão à direita da média.

Regressando ao exemplo acima, com desvio padrão 5, 95% dos alunos teriam altura situada entre 145cm e 165cm.

Para mais informação consultar definição aqui.

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Determinantes do Sucesso Escolar

Compreender as razões que determinam o sucesso escolar e a capacidade cognitiva dos alunos tem sido uma das principais questões multidisciplinares no âmbito do sistema educativo, estudada desde a pedagogia às ciências da educação, passando pela economia. Esta última, para a compreensão do processo educativo, recorre ao mesmo conceito utilizado para explicar o processo produtivo de uma empresa: a função de produção, que considera que um determinado output (o produto final) é obtido através da combinação de inputs (fatores produtivos, como o capital, o trabalho ou a terra).

No caso específico da função de «produção de educação», o output são os resultados académicos do aluno e que resultam do facto de este ter ao ser dispor uma série de inputs, tais como as condições socioeconómicas da sua família ou os recursos que a escola lhe disponibiliza.

A forma como uma determinada quantidade de recursos (inputs) é capaz de gerar o máximo de resultados escolares possível (o output) determina a produtividade desta mesma função de produção de educação. Por definição, o processo educativo é um processo cumulativo, e, como tal, os resultados escolares num determinado momento dependem das circunstâncias a o aluno foi exposto ao longo de todo o seu percurso escolar, e não apenas no momento em que o observamos.

Por exemplo, o resultado final de um aluno a frequentar o 12º ano depende não só dos fatores que o influenciaram nesse próprio ano (professores, colegas e escola), mas também de tudo o que o influenciou até então (por exemplo, os professores, colegas e escolas que frequentou entre o 1º e o 3.º ciclo).

Aqui reside a principal dificuldade na obtenção desta mesma função de produção de educação, uma vez que é muito difícil conter um tão vasto conjunto de inputs, tais como o ambiente familiar e escolar a que os alunos foram expostos no passado. Contudo, é estimando esta função que se tenta compreender o peso que famílias e escola têm, de forma distinta, na formação dos resultados dos alunos.

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Dislexia

Dificuldade persistente no desenvolvimento de competências de leitura de palavras, tendo em conta a idade e a experiência dos sujeitos.

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EEG - Eletroencefalografia

Exame de diagnóstico que regista a atividade elétrica do cérebro, captada através de pequenos elétrodos colados ao couro cabeludo.

Ensino a distância

O Ensino a Distância é uma modalidade educativa e formativa em que o processo de ensino ocorre predominantemente com separação física entre os intervenientes, designadamente docentes e alunos, através de meios tecnológicos, tais como uma plataforma digital, constituída por salas de aula virtuais, organizadas por público-alvo, ano e ciclo de escolaridade, com recurso a formas de trabalho síncronas e assíncronas. Em Portugal, para os ensinos básico e secundário apenas está previsto legalmente para alunos que comprovadamente não podem frequentar o ensino presencial (como o dos alunos em unidades de alto rendimentos, com problemas de saúde que os impeçam de frequentar presencialmente a escola ou filhos de profissionais itinerantes).

No ensino superior essa modalidade é utilizada de forma mais frequente, um pouco por todo o mundo. Em Portugal existe uma instituição pública - a Universidade Aberta - que se destina exclusivamente ao ensino a distância. Outras instituições de ensino superior usam esta modalidade para lecionar alguns conteúdos.

Veja também

Enviesamento da amostra

Verifica-se um enviesamento ou viés amostral quando na amostra que se utiliza e a partir da qual se pretende tirar conclusões estatísticas sobre a população predominam elementos que introduzem um erro sistemático. Num processo de amostragem enviesado os elementos não são escolhidos de forma a terem a mesma probabilidade de serem incluídos, o que propicia distorções. Em termos comuns, diz-se que tal amostra «não é representativa», embora os estatísticos clássicos não gostem do termo «representatividade».
 
Enviesamento de seleção ou efeito de seleção é um fenómeno semelhante, mas em geral refere-se a limitações provocadas pelo processo de observação. Esse processo impele a uma seleção dos elementos observados em que o não enviesamento é difícil ou impossível de garantir.

FMRI (Functional Magnetic Resonance Imaging/imagem por ressonância magnética funcional )

Técnica que permite detetar, através de imagem, variações no fluxo sanguíneo, em resposta à atividade neural.

Veja também

Fonemas

São as menores (e indivisíveis) unidades sonoras de uma língua. Ao articularem-se e combinarem-se, dão origem às sílabas, palavras e frases, na comunicação oral. 

Veja também

Funções executivas

Conceito que se refere a um conjunto de habilidades cognitivas que controlam os pensamentos e os comportamentos.

Entre estas habilidades contam-se a memória de trabalho, a flexibilidade cognitiva, o controlo inibitório, o planeamento, a antecipação de consequências, a atenção seletiva e a manutenção da atenção. Quase todas estas habilidades dependem da linguagem e da sua utilização eficaz. O controlo inibitório, por exemplo, que se refere à capacidade de inibir comportamentos que se poderiam relevar indesejáveis para o próprio, ou para terceiros, é exercido por recurso à linguagem interna (popularmente traduzido pela expressão “falar com os seus botões”). A linguagem interna orienta o sujeito quanto à desejabilidade de exibir ou inibir determinados comportamentos, sobretudo sociais.

Existem diversos modelos de funções executivas, cada um postulando o seu próprio conjunto de funções executivas. Estas são, por isso, de definição instável e difíceis de medir.

Grafemas

São símbolos escritos que representam unidades de som (fonema) num sistema de escrita alfabética.

Veja também

Habilidade

Conjunto de processos e representações mentais adquirido por aprendizagem específica a partir da aplicação de determinadas capacidades a um material particular. Por exemplo, a habilidade de identificação de palavras escritas é adquirida no quadro da aprendizagem da leitura por aplicação de capacidades fonológicas e de perceção, de atenção, de memória, de análise, de síntese, etc., a materiais gráficos de um sistema de escrita.

Fonte: Morais, J., Araújo, L., Leite, I., Carvalho, C., Fernandes, S., & Querido, L. (2012). Criar leitores. Porto: Livpsic.

Habilidade numérica não simbólica

A habilidade de representar e manipular quantidades aproximadas sem símbolos formais.

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Hipocampo

Estrutura cortical localizada na região interna (medial) do lobo temporal. É considerado uma parte importante do sistema límbico, dada a sua implicação nas emoções e na memória.

Quando, por exemplo, o cheiro de um bolo nos faz lembrar alguém ou uma situação, é o hipocampo a trabalhar.

ICILS

O International Computer Information and Literacy Study (ICILS) avalia as competências de literacia digital e o pensamento computacional, bem como a preparação dos jovens para estudar, trabalhar e viver na era digital. O estudo é realizado pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement) desde 2013 com periodicidade quinquenal. A amostra é constituída por alunos a frequentar o 8.º ano de escolaridade selecionados aleatoriamente de forma representar adequadamente a população dos alunos nesse ano de escolaridade nos países participantes.

Veja também

Intervalo de Retenção

Intervalo de tempo que decorre entre a realização de uma aprendizagem e o respetivo esquecimento.

Veja também

Literacia de ciências

É a capacidade de um individuo para se envolver com questões relacionadas com ciência e com as ideias de ciência, como cidadão reflexivo. Uma pessoa com literacia científica está disposta a envolver-se em debates sobre ciência e tecnologia, o que exige competências para explicar fenómenos cientificamente, avaliar e projetar investigações científicas e interpretar dados e evidências cientificamente (OECD, 2019. PISA 2018 Assessment and Analytical Framework. OECD: Paris).

Literacia de leitura

É a capacidade de um indivíduo para entender, usar, avaliar, refletir e envolver-se com textos para atingir seus objetivos, desenvolver seu conhecimento e potencial, e participar da sociedade (OECD, 2019. PISA 2018 Assessment and Analytical Framework. OECD: Paris).

Literacia digital

Literacia digital é a capacidade para usar as tecnologias digitais e saber quando e como as usar. (In Rubble, M. and Bailey, G.  (2007). «Digital Citizenship in Schools». Eugene, OR: ISTE, p. 21)

Veja também

Literacia matemática

É a capacidade de um indivíduo para formular, empregar e interpretar matemática em vários contextos. Inclui raciocinar matematicamente e usar conceitos matemáticos, procedimentos, factos e ferramentas para descrever, explicar e prever fenómenos (OECD, 2019. PISA 2018 Assessment and Analytical Framework. OECD: Paris).

Lobo frontal

Parte da frente do cérebro (situada atrás da testa) associada a processos cognitivos de nível superior, como tomada de decisão, raciocínio, cognição social e planeamento, além do controlo motor.

Lobos temporais

Partes do cérebro que estão localizadas em ambos os lados da cabeça, sensivelmente atrás das orelhas, e estão envolvidas na audição, linguagem, armazenamento de memória e emoção.

Memória de longo prazo

Refere-se conceptualmente às aprendizagens duradouras ou ao sistema de memória responsável pelo armazenamento da informação por períodos prolongados, que podem variar entre minutos, dias e anos, ou tornar-se permanentes.

Memória de Trabalho

Também conhecida por memória operatória é o sistema de memória responsável pela retenção temporária e processamento da informação durante a realização de atividades cognitivas complexas, tais como atividades de leitura, compreensão verbal ou resolução de problemas.

Interage com a memória de longo prazo para a recuperação de informação necessária ao desempenho de uma atividade em curso, e para a transferência e armazenamento de novas aprendizagens.

Memória declarativa

Ou explícita. É uma memória sobre lugares, pessoas e coisas, e é altamente dependente do hipocampo e do lobo temporal. Esta memória divide-se em dois subsistemas: a episódica, associada a eventos (por exemplo, lembrar do aniversário da mãe ou do primeiro dia de escola), e a semântica, associada a factos, conceitos e conhecimentos sobre o mundo externo (por exemplo, lembrar a capital de Espanha).

Memória não declarativa

Ou implícita. É uma memória de procedimentos que normalmente é usada sem consciência da lembrança. Está associada a capacidades motoras e estratégias precetivas, e envolve o cerebelo, a amígdala e caminhos específicos relacionados com determinadas capacidades (por exemplo, andar de bicicleta envolve o córtex motor).

Meta-análise

Metodologia de investigação quantitativa que sistematiza os resultados de um conjunto de estudos representativos de uma determinada temática.

Metamemória

Avaliação e conhecimento dos próprios conteúdos e processos de memória.

Mielinização

Processo de formação de uma substância (bainha de mielina) ao redor de um nervo para permitir que os impulsos nervosos se movam mais rapidamente.

Veja também

Modelo Linear Hierárquico

Modelo Linear Hierárquico refere-se a uma forma complexa de regressão usada para analisar variância do(s) resultado(s) quando os preditores tem vários níveis hierárquicos. Permitem analisar relações dentro e entre os níveis hierárquicos (ver para mais detalhe, Woltman)

Modelos de equações estruturais

Conjunto de técnicas de análise de dados que permite estimar relações complexas, em que as variáveis observadas representam um pequeno número de construções latentes (variáveis não observáveis) que, não permitindo uma medição direta, são inferidas a partir das primeiras. Trata-se de um procedimento estatístico que combina a análise fatorial e a análise de regressão e é comumente aplicada em diferentes áreas do conhecimento, tais como a biometria e a psicometria.

Neurónio

Célula nervosa (unidade funcional básica do sistema nervoso) especializada na transmissão de informações e caracterizada por longas projeções fibrosas chamadas axónios, e projeções mais curtas semelhantes a ramificações chamadas dendritos.

Os cientistas estimam que existem aproximadamente 100 biliões de neurónios no cérebro.

Veja também

Neuroplasticidade

Capacidade de mudança na organização neural, que pode ser responsável por várias formas de modificabilidade comportamental, de curta duração ou duradoura.

NREM – non-rapid eye movement

Fase do sono com movimentos oculares não rápidos (sono inativo), dividida em 4 fases de profundidade crescente, levando ao sono REM. Cerca de 75-80% do sono é NREM. Numa noite de 7 a 8 horas, quase uma hora e meia é sono NREM, sem, ou com poucos, sonhos.

Núcleos da base

Ou gânglios da base. Conjunto de estruturas abaixo do córtex cerebral envolvidas nas funções motoras, cognitivas e emocionais.

Percentil

Valor da distribuição ordenada dos valores do grupo no qual ou abaixo do qual Px100% desses valores se encontram. Por exemplo, se o percentil 90 de um teste for 12,5 valores isso indica que 90% dos alunos tiveram nota inferior ou igual a 12,5 valores e apenas 10% teve nota superior a 12,5 valores.

Perturbação Neurodesenvolvimental

Conceito que abarca uma miscelânea de condições, detetáveis a partir da primeira infância, presumivelmente atribuíveis a um desenvolvimento perturbado do cérebro. 

Estas condições abarcam desde situações bem determinadas (como a síndrome de Down ou a síndrome fetal-alcoólica) até situações sem disfunção neuronal discernível (como os atrasos de linguagem ou as dificuldades de aprendizagem específicas, como a dislexia).

Veja também

PIRLS

O PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study) avalia as tendências de literacia de leitura em crianças do 4.º ano de escolaridade. O estudo é realizado pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement) com periodicidade quinquenal. A amostra é constituída por alunos a frequentar o 4.º ano de escolaridade selecionados de forma aleatória com o objetivo de representar adequadamente a população dos alunos desses anos de escolaridade nos países participantes. 

Veja também

PISA

O PISA (Program for International Student Assessment) avalia literacia de ciências, matemática e leitura. O estudo é realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) desde 2000 com periodicidade trienal. A amostra é constituída de forma aleatória de forma a representar todos os alunos de 15 anos a frequentar pelo menos o 7.º ano ou equivalente em qualquer modalidade de ensino ou formação nos países participantes.

Veja também

Ponto de Corte

Ponto arbitrário, numa distribuição contínua de resultados (por exemplo, em leitura, peso, altura, inteligência), abaixo ou acima do qual se define que uma pessoa pode ser considerada qualitativamente (e não apenas quantitativamente) diferente da norma (por exemplo, obesa).

Veja também

Precursor cognitivo

Habilidade(s) e/ou capacidades que está presente previamente e favorece ou promove o desenvolvimento de uma outra que surge posteriormente. Por exemplo, a habilidade de contagem promove o desenvolvimento posterior das habilidades de cálculo.

Prémio salarial

A diferença do nível salarial entre dois indivíduos, seja este medido num determinado momento no tempo, ou ao longo de todo o ciclo de vida, sendo esta diferença explicada por uma variação numa qualquer característica relevante na definição dos retornos do individuo no mercado de trabalho.

Considerado que um determinado trabalhador i, no ano de ensino num momento, t, então podemos definir a equação de mincer como:
Y_(i,t)=〖Educ〗_(i,t) "β"+〖Exp〗_(i,t) η+ ε_(i,t)

Onde Y_(i,t) é representa o logaritmo salário do trabalhador,  〖Educ〗_(i,t) é o número de anos de educação e 〖Exp〗_(i,t) a experiência do trabalhador. ε_(i,t) corresponde a factores residuais.
Ou seja, um ano adicional de anos de escolaridade, implica um aumento de aproximadamente "β*100" % do nível salarial.

Processo homeostático

Processo de regulação determinado pela pressão do sono (ex.: quanto mais tempo se está acordado, mais sono se vai acumulando).

REM - rapid eye movement

Fase do sono que ocorre aproximadamente 90 minutos após o seu início e que se caracteriza por ondas cerebrais rápidas e de baixa voltagem, movimentos rápidos dos olhos e relaxamento muscular. É nesta altura que ocorrem os sonhos. Existem 3 a 5 períodos REM por noite em intervalos de 1-2 horas e têm uma duração bastante variável, que vai de 5 minutos a mais de uma hora.

Resposta à Intervenção

O modelo de Resposta à Intervenção (“Response to intervention” em inglês, RTI) é um processo de organização do apoio por níveis para estudantes com dificuldades de aprendizagem no processo escolar.

Pressupondo que o ensino regular tem a qualidade desejável, o processo inicia-se com a avaliação e triagem universal de todas as crianças na sala de aula. A escolaridade regular é aqui identificada como o primeiro nível de “intervenção”. Caso não esteja a ter o sucesso pretendido, precisa de ser complementada com uma intervenção específica. Alunos com dificuldades recebem uma intervenção ou intervenções em níveis crescentes de intensidade para acelerar a sua aprendizagem. O progresso é acompanhado de forma sistemática para avaliar a evolução e o nível de desempenho de cada aluno. As decisões sobre a intensidade e a duração das intervenções são tomadas com base na resposta de cada aluno à intervenção específica.

Para o maior sucesso da RTI, pressupõe-se:

  1. Uma educação em sala de aula regular de alta qualidade e com base científica.

Considera-se ainda que a RTI deve incluir alguns elementos essenciais:

  1. Avaliação inicial de todos os alunos. A avaliação universal inicial fornece informações sobre o nível de desempenho dos alunos, individualmente e em comparação com o grupo de colegas.
  2. Esses dados ajudam a determinar os alunos que precisam de acompanhamento ou intervenção adicional mais intensa.
  3. O progresso dos alunos é frequentemente avaliado, tanto individualmente como por comparação com a turma.
  4. As decisões de prosseguimento, de intensificação ou de abandono da intervenção especial são tomadas considerando o progresso registado ao longo de várias avaliações sistemáticas. 

Referências:

  1. http://www.rtinetwork.org/learn/what/whatisrti
  2. https://educationonline.ku.edu/community/what-is-response-to-intervention
  3. Shane R. Jimerson, Matthew K. Burns, Amanda M. VanDerHeyden, Eds. Handbook of Response to Intervention: The Science and Practice of Assessment and Intervention, Springer (2007)

Ritmo circadiano

Ciclo de 24 horas dos processos fisiológicos dos seres vivos, em que os padrões de atividade das ondas cerebrais, produção hormonal, regeneração celular e outras atividades biológicas estão ligados a esse ciclo diário. É determinado por um relógio biológico que condiciona a organização interna do sono e o ritmo da alternância entre sono e vigília.

Scaffolding (pontos de ancoragem ou andaimes cognitivos)

Os novos conhecimentos e informações apresentados aos alunos são aprendidos e retidos mais eficientemente quando alguns conceitos relevantes e específicos (pontos de ancoragem) existem na estrutura cognitiva dos alunos e podem ser convocados para o processo de aprendizagem. O termo foi cunhado por David Ausubel, psicólogo norte-americano, doutorado em Psicologia do Desenvolvimento, nas suas obras de 1963 e 1968, sobre psicologia da aprendizagem e a visão cognitiva da psicologia educacional.  
O professor deve construir o ensino de modo a recorrer ao conhecimento prévio do aluno e a apoiá-lo ao longo do processo. Usando a metáfora original, o professor vai fornecendo níveis sucessivos de apoio diversificado, retirando estes “andaimes” à medida que o aluno vai chegando a níveis mais elevados de aquisição de conhecimento e capacidades. Idealmente, no final da sequência de ensino, o aluno deverá integrar os novos conhecimentos na sua estrutura cognitiva. 

O professor deve iniciar a tarefa com um organizador prévio de aprendizagem, que situe os alunos e que comporte material reconhecível pelos alunos para que os novos conhecimentos sejam incorporados na estrutura cognitiva, permitindo que o material mais pormenorizado e diferenciado seja progressivamente retido. Por exemplo, o professor poderá apresentar um problema recorrendo a várias técnicas como a exposição oral, a apresentação de figuras ou gráficos ou solicitar aos alunos que formulem o problema pelas suas próprias palavras. Neste caso, o apoio do professor é fornecido quando o aluno não é capaz de avançar na resolução e reduzido à medida que o aluno se torna autónomo. 

Sentido do Número

É um termo usado para descrever uma grande variedade de conceitos matemáticos relevantes com mais de 30 componentes:

  1. A faculdade que permite reconhecer que alguma coisa mudou num pequeno conjunto quando, sem conhecimento direto, um objeto foi retirado ou acrescentado ao conjunto (Santzig, 1954).
  2. Habilidades elementares ou intuições sobre números e aritmética.
  3. Habilidade de aproximar ou estimar.
  4. Capacidade de fazer comparações de grandeza numérica.
  5. Capacidade de decompor números naturalmente.
  6. Habilidade de desenvolver estratégias úteis para resolver problemas complexos.
  7. Habilidade de usar as relações entre operações aritméticas para compreender o sistema decimal.
  8. Capacidade de usar números e métodos de quantidade para comunicar, processar e interpretar informação.
  9. Conhecimento de vários níveis de precisão e sensibilidade para a razoabilidade dos cálculos.
  10. Vontade de entender situações numéricas, através da procura de ligações entre novas informações e conhecimento já adquirido.
  11. Ter conhecimento dos efeitos das operações sobre os números. 
  12. Ter fluência e flexibilidade numérica.
  13. Conseguir entender os significados dos números.
  14. Conseguir entender as múltiplas relações entre os números.
  15. Conseguir reconhecer números de referência e padrões de números.
  16. Conseguir reconhecer erros numéricos grosseiros.
  17. Conseguir entender e usar formas e representações equivalentes de números, bem como expressões equivalentes.
  18. Conseguir entender os números como referências a medidas de coisas no mundo real.
  19. Conseguir mover-se perfeitamente entre o mundo real das quantidades e o mundo matemático dos números e das expressões numéricas.
  20. Ter a capacidade de inventar procedimentos para realizar operações numéricas.
  21. Conseguir representar o mesmo números de várias maneiras dependendo do contexto e do objetivo da representação.
  22. Conseguir pensar ou falar de forma razoável sobre as propriedades gerais de um problema ou expressão numérica - sem fazer qualquer cálculo preciso.
  23. Gerar uma expectativa de que os números são úteis e que a matemática tem uma certa regularidade.
  24. Uma sensação não algorítmica para números.
  25. Uma rede concetual bem organizada que permite a uma pessoa relacionar número e operação.
  26. Uma estrutura concetual que se baseia em muitas ligações entre as quais relações matemáticas, princípios matemáticos e procedimentos matemáticos.
  27. Uma linha numérica mental onde representações analógicas de quantidades numéricas podem ser manipuladas.
  28. Uma capacidade não-verbal, evolucionariamente antiga, e inata de processar numerosidades aproximadas.
  29. Uma capacidade ou espécie de conhecimento sobre números em vez de um processo intrínseco.
  30. Um processo que se desenvolve e amadurece com experiência e conhecimento.

Sessão assíncrona

É realizada em tempos diferentes

Sessão síncrona

É um momento de comunicação em tempo real e em que há trocas de mensagens de forma instantânea entre os intervenientes. Comunicações em chat ou videochamada são dois exemplos de sessões síncronas. No caso do ensino a distância, falamos de aulas em direto, em que o professor e o(s) aluno(s) estão a comunicar em tempo real.

Sinapse

Estrutura de contacto entre um neurónio e outra célula, através da qual se dá a transmissão de informações entre ambos. São estímulos que passam de um neurónio para outro por meio de neurotransmissores, não existindo um contacto físico, devido ao espaço entre eles, conhecido como fenda sináptica.

Sinaptogénese

Processo de formação de sinapses entre os neurónios do sistema nervoso central.
 

Subitizing

Julgamento numérico rápido e preciso para pequenas quantidades (até 4) de material, sem contar.

SWS – slow-wave sleep

Ou sono profundo. Consiste na fase 3 do sono, com movimentos oculares não rápidos (NREM).
 

Taxa de progresso

Taxa de crescimento ou taxa de progresso é o valor de evolução relativa de uma variável. Se X(t) e X(t+1) representarem o valor da variável em dois momentos consecutivos, a taxa de progresso ou crescimento é o valor de [X(t+1)-X(t)]/X(t). Sendo uma taxa, é frequentemente expressa em percentagem, mesmo quando a variável em causa é uma percentagem. A taxa de progresso ou de crescimento pode tomar valores positivos ou negativos. Se o desejável é a redução dos valores de X(t), como é o caso da taxa de desemprego ou da taxa de abandono escolar, um avanço originará uma redução da taxa original e, portanto, um valor negativo da taxa de progresso.

Note-se que há maneiras ligeiramente diferentes de cálculo desta taxa, nomeadamente quando se pretende a chamada taxa de crescimento instantânea. Tenha-se também em atenção que na terminologia inglesa “rate” pode ter simplesmente o significado de mudança. Assim, quando nos referimos especificamente a uma taxa de crescimento, será menos ambíguo falar em “relative rate of change”.

Veja também

Tendência de multitasking

Refere-se ao grau de preferência por realizar mais do que uma atividade ao mesmo tempo (Kaufman-Scarborough e Lindquist, 1999).

Teoria Clássica dos Testes (TCT)

Teoria de mensuração de traços latentes (p. ex. conhecimento, aptidão,…) estimável a partir da classificação total observada num teste ou instrumento criado para medir esse traço latente (p. ex. conhecimento de matemática). O modelo de medida psicométrica assume que a pontuação total X observada num teste reflete o verdadeiro conhecimento ou aptidão do respondente (T) e um erro aleatório (e): X = T + e. O objetivo principal da TCT é estimar o valor da verdadeira capacidade ou aptidão (T) latente.

Teoria de Resposta ao Item (TRI)

Também conhecida por Teoria de Respostas Latentes, é uma família de modelos estatísticos que modelam a relação logística entre uma característica latente (p. ex., aptidão, capacidade, conhecimento,…) e as suas manifestações (p. ex. respostas a um item de um teste de conhecimento). Estes modelos permitem estimar a probabilidade de uma resposta correta (P [Y=1]) em função da aptidão do respondente (θ) e das características do item [dificuldade (b), discriminação (a) e probabilidade de acerto ao acaso(c)]. A TRI assume que o constructo latente (p. ex., conhecimento, ansiedade, stress,…) é operacionalizado por um conjunto de itens de teste que o avaliam numa escala continua unidimensional e não observável. O objetivo principal da TRI é posicionar os indivíduos nessa escala. A TRI é um desenvolvimento da teoria de medida psicométrica com maior validade e fiabilidade do que a Teoria Clássica dos Testes

Testes comportamentais

Testes que avaliam comportamentos observáveis e mensuráveis (por exemplo, o número de vezes que um aluno sai do lugar, ou o tempo que demora a completar uma tarefa). São frequentemente utilizados para a modificação de comportamentos considerados inapropriados (por exemplo, não obedecer a uma ordem). 

Testes neurodesenvolvimentais

Testes que avaliam o desenvolvimento e, principalmente, as suas perturbações (por exemplo, défices intelectuais, hiperatividade, condutas anti-sociais), na infância e adolescência. A cognição e a aprendizagem são áreas privilegiadas de avaliação deste tipo de testes.

Veja também

TIMSS

O TIMSS (Trends in International Mathematics & Science Study) avalia as tendências de literacia em matemática e em ciências dos alunos do 4.º ano (e 8.º ano) de escolaridade. O estudo é realizado pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement) com periodicidade quadrienal. A amostra é constituída por alunos a frequentar o 4.º ano (e 8.º ano) de escolaridade selecionados de forma aleatória com o objetivo de representar adequadamente a população dos alunos desses anos de escolaridade nos países participantes. 

Veja também

Traço Mnésico (ou Traço de Memória)

Representação mental da informação registada (por um breve período de tempo) ou armazenada (a longo prazo) na memória.

Transparência ortográfica

Conceito que se refere ao tipo de relação entre grafemas e fonemas de uma língua.

Tendo em consideração que a ortografia constitui um código escrito para os sons da fala (os fonemas), a ortografia de uma língua será tanto mais transparente quanto mais consistente e inequívoca for a relação entre os grafemas (escrita) e os fonemas (fala). Uma ortografia em que um fonema tem sempre ou quase sempre uma e só uma representação ortográfica, independentemente dos fonemas que o precedem e lhe sucedem, é considerada transparente.

A ortografia do Finlandês e do Italiano, por exemplo, é transparente (“assim se fala assim se escreve”), com muito poucas irregularidades ortográficas. A ortografia do Português Europeu é semi-transparente (a letra “e”, por exemplo, tem diversas traduções fónicas). Porém, a ortografia do Português do Brasil é mais transparente do que a do Português Europeu. O Inglês é, de entre as escritas alfabéticas, a menos transparente. O número de irregularidades ortográficas é elevado e a combinatória de letras dá origem a um grande número de traduções fónicas diferenciadas.

Tutorias

Programa de sessões individuais ou em pequenos grupos, em que os professores-tutores se focam em conteúdos curriculares de forma complementar, não substituindo o trabalho em sala de aula.

Valor acrescentado do professor

Esta métrica permite aferir qual o papel do professor na evolução do aluno, entre uma prova universal e comparável no início do ano letivo e uma prova com as mesmas características no final do mesmo ano letivo. 

O valor acrescentado do professor mede assim o seu contributo para a evolução do aluno, contributo esse filtrado de todas as restantes condicionantes do aproveitamento escolar, nomeadamente as condições socioeconómicas da sua família, as condições específicas da escola onde o aluno estuda, e ainda a forma como os alunos e professores são distribuídos e alocados pelas turmas. 

Por exemplo, considerado que um determinado aluno i, no ano de ensino, a, na escola s, que teve um determinado professor p num ano lectivo, t, então podemos medir o valor acrescentado do professor sobre este aluno através da especificação:
Y_(i,a,s,p,t)=X_(i,a,s,p,t) "β"+Z_(s,a,t) η+Y_(i,a-1,s,p,t-1)γ+ μ_p+ ε_(i,a,s,p,t)

Onde Y_(i,a,s,p,t) é uma métrica das capacidades cognitivas no momento t, medido, por exemplo, através de um teste universal e comparável no final ano. X_(i,a,s,p,t) é um conjunto de variáveis ao nível do aluno; Z_(s,a,t) um conjunto de fatores ao nível da escola e Y_(i,a-1,s,p,t-1) mede a performance cognitiva no ano letivo e de ensino anterior. μ_p é um efeito fixo e constante ao longo do tempo do professor, sendo por isso a medida de valor acrescentado.  ε_(i,a,s,p,t)  correspondem a fatores residuais. 

Veja também

Valores omissos planeados

Método de estimação de uma aptidão, capacidade ou estado a partir de informação incompleta de um teste ou questionário. Geralmente por questões logísticas (tempo, dinheiro), o teste é dividido em blocos de itens (questões), e cada respondente vê apenas uma fração desses blocos (reduzindo assim o tempo e os custos de testagem). Na amostra final todos os itens são respondidos, mas cada respondente vê apenas uma fração dos itens totais. As pontuações finais de cada respondente são então estimadas por imputação usando modelos de regressão que estimam as pontuações plausíveis dos candidatos para os itens que eles não responderam a partir das respostas aos itens que eles responderam. Este método é usado em todos os estudos de avaliação de alunos por amostragem em larga escala. Por exemplo, no PISA de 2015 o tempo estimado como necessário para um aluno responder a todos os itens do teste PISA era de 13,5 horas. Assim, para reduzir o tempo de teste para 2 horas, cada aluno viu apenas uma amostra do total dos itens do PISA. A amostragem dos itens é feita de forma a que na amostra total dos alunos que fazem o teste (no mínimo 4000 alunos) cada item tenha sido respondido por, no mínimo, 200 alunos.

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