Todas as definições dos termos técnicos mais usados nos artigos e estatísticas, de forma a que todos percebam do que se está a falar - uma linguagem ainda mais acessível a todos os públicos.
Taxa de progresso
Taxa de crescimento ou taxa de progresso é o valor de evolução relativa de uma variável. Se X(t) e X(t+1) representarem o valor da variável em dois momentos consecutivos, a taxa de progresso ou crescimento é o valor de [X(t+1)-X(t)]/X(t). Sendo uma taxa, é frequentemente expressa em percentagem, mesmo quando a variável em causa é uma percentagem. A taxa de progresso ou de crescimento pode tomar valores positivos ou negativos. Se o desejável é a redução dos valores de X(t), como é o caso da taxa de desemprego ou da taxa de abandono escolar, um avanço originará uma redução da taxa original e, portanto, um valor negativo da taxa de progresso.
Note-se que há maneiras ligeiramente diferentes de cálculo desta taxa, nomeadamente quando se pretende a chamada taxa de crescimento instantânea. Tenha-se também em atenção que na terminologia inglesa “rate” pode ter simplesmente o significado de mudança. Assim, quando nos referimos especificamente a uma taxa de crescimento, será menos ambíguo falar em “relative rate of change”.
Tendência de multitasking
Refere-se ao grau de preferência por realizar mais do que uma atividade ao mesmo tempo (Kaufman-Scarborough e Lindquist, 1999).
Teoria Clássica dos Testes (TCT)
Teoria de mensuração de traços latentes (p. ex. conhecimento, aptidão,…) estimável a partir da classificação total observada num teste ou instrumento criado para medir esse traço latente (p. ex. conhecimento de matemática). O modelo de medida psicométrica assume que a pontuação total X observada num teste reflete o verdadeiro conhecimento ou aptidão do respondente (T) e um erro aleatório (e): X = T + e. O objetivo principal da TCT é estimar o valor da verdadeira capacidade ou aptidão (T) latente.
Teoria de Resposta ao Item (TRI)
Também conhecida por Teoria de Respostas Latentes, é uma família de modelos estatísticos que modelam a relação logística entre uma característica latente (p. ex., aptidão, capacidade, conhecimento,…) e as suas manifestações (p. ex. respostas a um item de um teste de conhecimento). Estes modelos permitem estimar a probabilidade de uma resposta correta (P [Y=1]) em função da aptidão do respondente (θ) e das características do item [dificuldade (b), discriminação (a) e probabilidade de acerto ao acaso(c)]. A TRI assume que o constructo latente (p. ex., conhecimento, ansiedade, stress,…) é operacionalizado por um conjunto de itens de teste que o avaliam numa escala continua unidimensional e não observável. O objetivo principal da TRI é posicionar os indivíduos nessa escala. A TRI é um desenvolvimento da teoria de medida psicométrica com maior validade e fiabilidade do que a Teoria Clássica dos Testes.
Testes comportamentais
Testes que avaliam comportamentos observáveis e mensuráveis (por exemplo, o número de vezes que um aluno sai do lugar, ou o tempo que demora a completar uma tarefa). São frequentemente utilizados para a modificação de comportamentos considerados inapropriados (por exemplo, não obedecer a uma ordem).
Testes neurodesenvolvimentais
Testes que avaliam o desenvolvimento e, principalmente, as suas perturbações (por exemplo, défices intelectuais, hiperatividade, condutas anti-sociais), na infância e adolescência. A cognição e a aprendizagem são áreas privilegiadas de avaliação deste tipo de testes.
TIMSS
O TIMSS (Trends in International Mathematics & Science Study) avalia as tendências de literacia em matemática e em ciências dos alunos do 4.º ano (e 8.º ano) de escolaridade. O estudo é realizado pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement) com periodicidade quadrienal. A amostra é constituída por alunos a frequentar o 4.º ano (e 8.º ano) de escolaridade selecionados de forma aleatória com o objetivo de representar adequadamente a população dos alunos desses anos de escolaridade nos países participantes.
Traço Mnésico (ou Traço de Memória)
Representação mental da informação registada (por um breve período de tempo) ou armazenada (a longo prazo) na memória.
Transparência ortográfica
Conceito que se refere ao tipo de relação entre grafemas e fonemas de uma língua.
Tendo em consideração que a ortografia constitui um código escrito para os sons da fala (os fonemas), a ortografia de uma língua será tanto mais transparente quanto mais consistente e inequívoca for a relação entre os grafemas (escrita) e os fonemas (fala). Uma ortografia em que um fonema tem sempre ou quase sempre uma e só uma representação ortográfica, independentemente dos fonemas que o precedem e lhe sucedem, é considerada transparente.
A ortografia do Finlandês e do Italiano, por exemplo, é transparente (“assim se fala assim se escreve”), com muito poucas irregularidades ortográficas. A ortografia do Português Europeu é semi-transparente (a letra “e”, por exemplo, tem diversas traduções fónicas). Porém, a ortografia do Português do Brasil é mais transparente do que a do Português Europeu. O Inglês é, de entre as escritas alfabéticas, a menos transparente. O número de irregularidades ortográficas é elevado e a combinatória de letras dá origem a um grande número de traduções fónicas diferenciadas.
Tutorias
Programa de sessões individuais ou em pequenos grupos, em que os professores-tutores se focam em conteúdos curriculares de forma complementar, não substituindo o trabalho em sala de aula.