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Um artigo acabado de publicar na revista científica Thinking Skills and Creativity conclui que o estudo de matemáticas, ciências, tecnologias e engenharias, o chamado STEM na terminologia anglo-saxónica, pode ser tão incentivador da criatividade pessoal como o estudo das artes e letras.

Numerosos estudos anteriores tinham vindo já a mostrar que as crianças aprendem mais e lembram-se melhor do que estudam quando escrevem à mão. O que este novo estudo indica é que o uso de papel e lápis dá às crianças mais informação que lhes permite solidificar as suas memórias. Segundo declarações da professora van der Meer, uma das autoras da pesquisa, “Escrever à mão desencadeia muito mais atividade nas áreas senso-motoras do cérebro. Muitos sentidos são ativados quando se pressiona a caneta sobre o papel, enquanto se vão vendo as letras que se escrevem e ouvindo o sons que se provocam enquanto se escreve. Estas experiências sensoriais criam contactos entre várias partes do cérebro e propiciam a aprendizagem. “

O estudo foi feito por electroencelografia e confirma diversas pesquisas anteriores sobre as vantagens de ensinar caligrafia e desenho às crianças e evitar a digitalização extrema das atividades letivas. Tudo indica que o computador seja o mais apropriado para escrever um ensaio, por exemplo, mas que a escrita manual seja melhor para tirar apontamentos em aulas ou reuniões.

Estes novos dados científicos colocam mais uma vez em causa a teoria de que, podendo ser frustrante para as crianças ter uma caligrafia deficiente, se poderia evitar a fase de escrita cursiva e ensinar diretamente a dactilografia em computador.

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Iniciativa Educação

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