
O que explica um bom desempenho a matemática? Três capacidades que contam (e uma que importa sobretudo no início)
Há capacidades cognitivas fundamentais de caráter específico, é o caso do conhecimento simbólico dos números, e há outras de caráter mais geral, tais como a compreensão verbal, as capacidades espaciais e o raciocínio não-verbal. Algumas são mais influentes na idade pré-escolar e no primeiro ciclo, outras ganham mais importância no segundo e terceiro ciclos. O que poderá explicar que algumas crianças aprendam matemática com facilidade, enquanto outras enfrentam muitas dificuldades?
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«Estilos de aprendizagem» são preferências que não influenciam a aprendizagem
Muitos educadores acreditam que os alunos têm diferentes «estilos de aprendizagem» e que adaptar as técnicas de ensino e materiais a cada estilo resultará num melhor desempenho escolar. Mas isto é um mito — o ensino personalizado desta forma não beneficia os alunos. Utilizar estratégias de aprendizagem que beneficiam todos os alunos é a abordagem mais eficiente, não só porque aumenta a aprendizagem como também porque não sobrecarrega os educadores. Um estudo muito recente indica precisamente que «estilo de aprendizagem» é um conceito mal definido e que os trabalhos que parecem indicar uma relação entre estilos de aprendizagem e sucesso académico têm problemas metodológicos e não medem o que dizem medir.
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Podemos aumentar o vocabulário e o conhecimento das crianças logo na educação pré-escolar?
Nunca tantas pessoas aprenderam a ler. No entanto, o desempenho dos alunos na leitura fluente e na compreensão do que lêem continua a ser insatisfatório — tendência agravada pelos efeitos da pandemia de covid-19. Por isso, a compreensão leitora tem interessado cada vez mais os investigadores, e um estudo de 2025, incidindo na educação pré-escolar, procura responder a duas dúvidas concretas neste domínio. Integrar o ensino do vocabulário com o do conhecimento de conteúdo ajuda à compreensão da leitura dos alunos em idade pré-escolar? E será que variáveis — como o que as crianças já percebem ao entrar na pré-escola, o contexto socioeconómico donde vêm ou o facto de a língua de instrução não ser a língua materna —exercem influência nos resultados?
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Gerir turmas: conseguir autoridade por via da confiança
A autoridade do professor assenta num equilíbrio subtil entre compreensão e exigência, e é essencial para fomentar um ambiente de tranquilidade na sala de aula. Com autoridade, os alunos empenham-se na aprendizagem, estabelecendo-se uma relação de confiança duradoura entre estudantes e professor.
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Decoração da sala de aula: quanto menos, melhor
Como decorar uma sala de aula? Criar um ambiente acolhedor e transmitir informação é importante, mas até que ponto podem os estímulos visuais distrair os alunos e perturbar a sua aprendizagem? Um estudo indica que os enfeites nas salas de aula podem desviar a atenção dos alunos e ter um impacto negativo na aprendizagem. Para já, não sabemos se este efeito negativo das decorações irrelevantes se estende a alunos mais velhos do que os participantes neste estudo (cerca de 5 anos de idade), mas é precisamente no caso dos alunos mais novos que as salas de aula tendem a ser mais ornamentadas. Estes resultados não significam que as salas de aula devam ser ambientes estéreis, sem decoração alguma, mas mostram que é necessário ter algum cuidado com o excesso de decorações e estímulos visuais a que os alunos são constantemente expostos.
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Frequentar a escola sem aprender
Se há um facto impressionante nos dados educativos dos últimos 50 anos é a forma acelerada como a escolarização se massificou. Ultrapassado o desafio do acesso, é necessário discutir a qualidade da educação.
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Quando se pode usar pormenores irrelevantes na aprendizagem?
Devem os professores usar elementos irrelevantes, mas que podem tornar os materiais a aprender mais interessantes? Muitos estudos indicam que estes «pormenores sedutores» tendem a ter efeitos negativos na aprendizagem, sobretudo em alunos com pior desempenho académico. No entanto, talvez haja circunstâncias nas quais a sua inclusão poderá beneficiar a aprendizagem. Este estudo recente vem mostrar que, quando a motivação extrínseca é baixa, incluir detalhes acessórios que tornam as matérias mais interessantes pode não prejudicar a aprendizagem, ou até levar a melhor aprendizagem. Serão necessários mais estudos, especialmente em sala de aula, para clarificar estes efeitos; para já, deve usar-se usar pormenores acessórios com cuidado.
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Replicar em larga escala projetos e políticas educativas: o grande desafio dos sistemas de ensino
A experimentação em pequena escala de diferentes políticas públicas educativas é essencial, mas nem sempre a sua aplicação em larga escala resulta. Porquê? Há investigação recente que lança nova luz sobre o problema.
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Serão os exercícios fonológicos e fonémicos relevantes na aprendizagem da leitura?
Em muitos países, incluindo Portugal, o treino fonológico/fonémico é cada vez mais comum em jardins-de-infância, pré-escolas e escolas. Todavia, a abordagem ou instrução da fonologia tem-se realizado de formas muito diversas e com resultados variados, originando algumas dúvidas na sua aplicação.
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O que esperar dos resultados do estudo TIMSS 2023?
A 4 de dezembro, serão revelados os resultados do teste TIMSS 2023, estudo que fornece informação sobre o desempenho dos alunos do 4.º e 8.º anos de escolaridade em Matemática e em Ciências. Dada a tendência dos resultados dos alunos portugueses na última edição do estudo, em 2019, que rompia com a tendência de crescimento anterior, e as conclusões dos estudos internacionais recentemente publicadas, o que podemos esperar do desempenho em Portugal?
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Como estruturar e realizar os trabalhos de grupo
Em momentos determinados e sob orientação do professor, o trabalho de grupo é um recurso pedagógico que permite estimular a participação dos alunos. No entanto, para garantir os efeitos pretendidos, não basta deixar os alunos organizarem-se sozinhos: importa traçar objetivos e estruturar as interações entre eles.
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Como acompanhar a evolução da sesta na educação pré-escolar?
Talvez tenha tido oportunidade, no verão, de usufruir do prazer de uma sesta. Nos adultos, a sesta permite compensar uma noite de sono mais curta, mas, nas crianças mais pequenas, constitui uma necessidade fisiológica essencial. É na educação pré-escolar que esta necessidade vai diminuindo, a favor de uma noite consolidada de sono. No entanto, como acontece na maior parte dos marcos do desenvolvimento de uma criança, é difícil prever ao certo quando esta transição vai acontecer. Compreender a importância da sesta e a sua evolução pode ajudar a acompanhar melhor a criança, quer na escola quer em casa.