Um ensino diferenciado diferente?
Que devem fazer os professores quando há alunos que não conseguem acompanhar a matéria, que não resolvem os exercícios, que aprendem num ritmo diferente? Há pretensas respostas que ainda agravam mais os problemas. O dito ensino individualizado, por exemplo, pode ser prejudicial. Mas há um modelo pedagógico de resposta à intervenção que é eficaz para a educação diferenciada.
As vantagens do ensino explícito
Um estudo comparativo entre dois modelos distintos de ensino sugere que há abordagens pedagógicas que favorecem especialmente a aprendizagem de conhecimentos matemáticos em contextos socioeconómicos mais desfavorecidos. A apresentação planeada e sistemática de conteúdos e a aplicação de estratégias específicas para cada uma das etapas de ensino podem ser a chave para um melhor desempenho escolar.
Ensinar ou confundir os alunos? O que a investigação diz sobre a ideia de que «é preciso variar o método de ensino»
Está em debate uma proposta da comunidade francesa da Bélgica para que as escolhas pedagógicas tenham como base a abordagem por competências, a pedagogia da descoberta e a diferenciação pedagógica. Com base na investigação recente, Clermont Gauthier, Steve Bissonnette e Marie Bocquillon criticam essas propostas, mas lembram que a ação do professor deve manter uma orientação estável e variar as atividades de aprendizagem em função da matéria e dos alunos e não porque existe a ideia de que é preciso variar.