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No ano passado, cerca de 1,5 mil milhões de alunos em 188 países foram privados de frequentar a escola devido à pandemia. A OCDE, em colaboração com a UNESCO, a UNICEF e o Banco Mundial, revelaram recentemente um conjunto de dados comparativos dos sistemas educativos, com vista à monitorização da situação dos países, na resposta à pandemia.

A OCDE publicou recentemente um relatório sobre o estado das escolas e dos sistemas educativos, após um ano de pandemia. O relatório reúne diversos temas, tais como o ensino a distância, a perda de oportunidades e a recuperação de aprendizagens, as condições de trabalho dos professores, e outras.

Os dados recolhidos mostraram que, após um ano do início da pandemia, as escolas do ensino básico e secundário estiveram abertas em menos de 40% dos países com dados comparáveis. Existiram muitas restrições nas escolas que se mantiveram abertas, mas foram adotadas medidas de distanciamento social e de higiene que ajudaram na prevenção da propagação do Coronavírus. O número de dias em que as escolas estiveram encerradas foi maior à medida que aumentou o nível de ensino, tendo as escolas pré-primárias estado encerradas, em média, 42 dias, enquanto as escolas do ensino secundário estiveram encerradas por 67 dias.

Segundo o relatório, e com vista a minimizar o impacto do encerramento das escolas para a aprendizagem dos alunos, foi implementado um modelo de ensino a distância, usando um amplo conjunto de modalidades como plataformas online, pacotes de material para levar para casa em papel; televisão; rádio; telemóveis, entre outros. Mais de metade dos países participantes no estudo reportaram terem feito (em 2020) ou planearem fazer (em 2021) ajustes no calendário escolar ou no currículo, priorizando conteúdos considerados essenciais.

Com vista a facilitar a inclusão na educação à distância, 89% dos países participantes no estudo relataram ter subsidiado dispositivos de acesso, como computadores ou tablets, e 81% dos países reportaram ter implementado plataformas de aprendizagem assíncronas. Mais da metade dos países relataram, ainda, a implementação de medidas como a melhoria do acesso à infraestrutura para alunos, apoios a famílias desfavorecidas, apoios a alunos com deficiência, entre outras.

Os dados recolhidos revelaram também que na maioria dos países da OCDE, os professores do ensino básico e secundário ensinaram remotamente durante o encerramento das escolas em 2020. Mais de metade dos países com dados comparáveis priorizaram a vacinação dos professores.

Ainda segundo o relatório, a maioria dos países mobilizou recursos financeiros adicionais para os esforços extraordinários durante a pandemia. Em 2020, cerca de 65% dos países, com dados comparáveis, reportaram ter um aumento no orçamento da educação no ensino básico e secundário.

Para saber mais sobre as principais conclusões deste estudo e as medidas que Portugal e outros países adotaram como resposta à pandemia, veja a análise de Patrícia Costa na secção de estatísticas do ED_ON.

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