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Muito se tem falado sobre a intenção do Governo de reestruturar os ciclos do ensino básico e de integrar os 1.º e 2º ciclos. Mas o que é que a investigação científica nos diz sobre esta questão? Haverá relação entre o desempenho dos alunos e a duração dos ciclos? Caso esta intenção seja concretizada, quais são os desafios que o sistema educativo português tem pela frente? Ouça a análise de João Marôco, professor catedrático, e Nuno Crato, presidente da Iniciativa Educação.

Neste episódio, poderá saber mais sobre:

  • Vantagens e desvantagens da fusão dos 1.º e 2.º ciclos, para professores e alunos;
  • Evolução histórica da organização das escolas, em Portugal;
  • Desafios que a reestruturação dos ciclos do ensino básico traria à organização das escolas.

COM:

João Marôco (Ph.D., Washington State University) é professor catedrático no ISPA-IU onde leciona disciplinas de Análise Estatística, Métodos de Investigação e Técnicas Avançadas de Análise de Dados; e Professor II na Nord University, Noruega onde desenvolve trabalho de investigação em Burnout e Envolvimento Académico no Ensino Superior.  É consultor do Banco Mundial e da Iniciativa Educação Teresa e Alexandre Soares dos Santos em Estatísticas da Educação. Entre 2014 e 2018 foi vogal do conselho diretivo do IAVE, I.P. onde coordenou os estudos de avaliação por amostragem em larga escala (PISA, TIMSS, PIRLS, ICILS) e o projeto piloto de e-Assessment. Os seus interesses de investigação incluem a avaliação e desenvolvimento de escalas psicométricas, aplicações de regressão, modelação de equações estruturais, avaliação e amostragem em larga escala e classificação nas ciências biológicas, da saúde, sociais e humanas. Atualmente, publicou 450 artigos em revistas nacionais e internacionais com arbitragem científica e quatro livros sobre Análise Estatística, Análise de Equações Estruturais e Avaliação Psicométrica. De acordo com o Google Scholar, o seu trabalho académico foi citado mais de 42 000 vezes (H = 72; i10 = 270). Segundo o AD Scientific Index pertence ao Top 2% dos académicos mais citados em Portugal. 

Nuno Crato é professor desde 1980. Lecionou no Ensino Secundário e no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa, onde atualmente é catedrático de Matemática e Estatística.

Foi professor e investigador nos Estados Unidos da América, onde trabalhou mais de uma década, e no Centro de Investigação Comunitário JRC, em Itália. Foi ministro da Educação e Ciência entre 2011 e 2015. Durante o seu mandato, a escolaridade obrigatória foi prolongada até ao 12.º ano, o Inglês foi introduzido como disciplina obrigatória do 3.º ao 9.º ano, e o abandono escolar reduziu para metade. Em 2015 Portugal obteve os seus melhores resultados internacionais de sempre, tendo ultrapassado países habitualmente muito bem colocados (como a Finlândia) no TIMSS em Matemática do 4º ano. Tem pugnado por um ensino exigente e rigoroso como forma de fornecer oportunidades de sucesso a todos.  

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